Parque Tecnológico Virtual entusiasma Maringá 15/03/2013 - 17:40

A Universidade Estadual de Maringá sediou, na manhã desta sexta-feira (15/3), o terceiro de uma série de workshops regionais para implantação do projeto do Parque Tecnológico Virtual (PTV) do Paraná. O parque vai reunir todos os setores envolvidos com inovação e com desenvolvimento tecnológico do Estado numa mesma plataforma virtual, favorecendo a cooperação entre o setor produtivo, governo e academia.

Realizado no auditório PDE, com a presença de mais de 300 pessoas, o workshop contou com a presença do secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e do presidente do Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), Júlio César Félix, reunindo, ainda, pelo menos uma centena de lideranças de Maringá e região, entre elas o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná, Ricardo Barros, prefeitos de cidades da região, pesquisadores e autoridades acadêmicas.

Alípio Leal explicou que o parque será operacionalizado pelo Tecpar e, usando uma metáfora, disse que “essa tríplice hélice (governo, academia e setor produtivo) vai mover o motor do desenvolvimento do Estado, trabalhando conjuntamente e de forma equilibrada”.

Em cada uma das sete universidades públicas estaduais será criado um polo de desenvolvimento, para coordenar o parque em suas regiões. A UEM representa o Polo de Desenvolvimento do Noroeste do Paraná, lançado oficialmente nesta sexta-feira. Além da plataforma virtual, abrigará também um parque tecnológico físico, em parceria com a prefeitura de Maringá. Em seu discurso, o secretário ainda afirmou que “Maringá é a capital da inovação no Paraná.”

O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, disse que a UEM tem muito a contribuir para o PTV. “Com as demais instituições de ensino superior paranaense, compomos um sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação capaz de responder às demandas das empresas e as necessidades e expectativas da sociedade”.

Lembrando a estrutura multicampi da universidade e destacando os índices e qualidade das pesquisas acadêmicas e o prestígio em âmbito nacional e internacional da instituição, o reitor disse que o projeto terá uma larga abrangência na região. Ele ainda citou as parcerias que a universidade mantém com os setores público e privado, agregando valor e inovando em produtos, processos e serviços, melhorando a vida das pessoas. Falou da participação da universidade no Vale da Seda, que tem apoio da UEM desde 2005, e que hoje começa a se destacar como um polo exportador.

Contribuindo para o clima desenvolvimentista do Estado, Alípio Leal lembrou que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovou, há poucos dias, projeto do Paraná para estimular e financiar a inovação nas pequenas e micro empresas de base tecnológica. O resultado é que o PTV foi contemplado com R$ 15 milhões em recursos da Finep e terá mais R$ 7,5 milhões de aporte do governo do Paraná, por meio do Fundo Paraná de Ciência e Tecnologia, contrapartida prevista no edital. Mas o secretário adiantou que o governo pretende fazer um aporte adicional de R$ 7,5 milhões no ano que vem, totalizando R$ 30 milhões de recursos para incentivar a inovação no Paraná.

Adesão ao PTV

As empresas locais e regionais que aderirem ao PTV se beneficiarão do uso de serviços tecnológicos credenciados e serão acompanhadas de perto pelo parque tecnológico da UEM. De acordo com o presidente do Tecpar, Júlio César Félix, a plataforma virtual viabiliza ferramentas de gestão, interação e inteligência competitiva, que possibilitarão diagnósticos e correções para a aceleração da inovação no Paraná. Será governada através de um comitê gestor que terá membros do governo do Estado, representantes da academia e do setor produtivo.

O secretário Alípio Leal lembrou que a Lei de Inovação Tecnológica do Paraná, assinada pelo governador Beto Richa no dia 27 de fevereiro, instrumentaliza e dá impulso para a implantação desse projeto, à medida que cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre os setores público e privado e academia para pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no Estado.

A cooperação pode, segundo o secretário, ser uma resposta à iniciativa privada, que muitas vezes se queixa de que a academia é muito fechada. “Vamos continuar incentivando a pesquisa básica, mas também vamos incentivar e investir na pesquisa aplicada, melhorando o conhecimento e a qualidade de vida das pessoas”, disse Alípio Leal, dizendo que isso será feito trabalhando de forma inteligente e reunindo competências. “Mas do que discursos, temos ações e projetos em andamento”, disse.

O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, defendeu a pesquisa aplicada, até como uma forma de retorno dos investimentos que são feitos nas universidades. Barros também disse que o desenvolvimento de uma cidade está diretamente atrelado ao diferencial que ela oferece. E citando municípios da região, que investem na sua “vocação”, lucrando com isso, Barros disse que Maringá precisa estabelecer qual é o seu diferencial.

Lei de Inovação Municipal
Presente ao lançamento do PTV, o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, também defendeu a pesquisa aplicada. Ele adiantou que o município terá sua Lei de Inovação Tecnológica, cujo projeto está em fase de conclusão, para então ser encaminhado à Câmara de Vereadores, e anunciou que Maringá deverá receber uma empresa russa, que atua na área de nanotecnologia, e que promete gerar 230 novos empregos de alta remuneração.
O deputado Wilson Quinteiro falou que o Paraná vive um grande momento e que a Lei de Inovação Tecnológica deverá impulsionar ainda mais o desenvolvimento do Estado. Além disso, lembrou que as universidades estaduais operam com excelência, tendo muito a contribuir para o sucesso do PTV.
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