Rede de cooperação: PTI terá espaço para promover o Mercosul 10/08/2008 - 15:50


A tão almejada integração entre os povos da América Latina ganhou um sentido prático, durante o segundo e último dia do seminário “Saberes em discussão: políticas públicas para a cooperação com o Mercosul”, no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu.
Promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pela Itaipu Binacional e pela Fundação PTI nos dias 21 e 22 deste mês, o evento teve como principal objetivo consolidar políticas públicas de integração e de uma maior cooperação do ensino superior para o desenvolvimento integrado dos países do Mercosul.
Durante a mesa-redonda intitulada “Papéis e perspectivas da cooperação internacional com os países do Mercosul e o Paraná”, o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Juan Carlos Sotuyo, propôs a criação de um espaço, no PTI, para fomentar negócios que ultrapassem os limites da tríplice fronteira.     
“Proponho que no PTI surja um espaço que atue como uma rede de cooperação internacional, para mostrar e ensinar de modo prático como apresentar projetos, abrir empresas, etc, tudo com respostas rápidas, sem burocracia”, sugeriu Sotuyo. A inspiração para a proposta, segundo Sotuyo, veio de uma viagem à Barcelona, na Espanha, onde ele conheceu um programa que pode servir de modelo para o possível projeto do PTI. A idéia foi bem recebida. "É algo se materializando a partir desse encontro", ressaltou o ministro do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Estado do Paraná (Erepar), Sérgio Couri.
O assistente do diretor-geral brasileiro, Paulino Motter, moderou o debate. Além de Sotuyo e Couri, também participou o secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo. Para uma platéia formada por muitos profissionais do mundo acadêmico, como professores e reitores de diversas universidades paranaenses, além de representantes de empresas e instituições públicas, o trio deixou as manifestações teóricas um pouco de lado para privilegiar a aplicação prática das formas de integração, inclusive entre instituições de ensino superior.
Segundo Sérgio Couri, para impulsionar a união entre os países vizinhos, excursões, missões de autoridades e empresários falando de negócios já cumpriram o seu papel. “O momento agora requer a formulação de um plano de ação abrangente”, afirmou. Para Santiago Gallo, ações como a proposta por Sotuyo podem dar origem a projetos com muito potencial para colaborar com a desejada integração. E o lugar onde isso pode acontecer não poderia ser mais adequado.
 “O Paraná, sobretudo a região da tríplice fronteira, pela proximidade geográfica e pela política pública que possui, é fundamental nesse processo”, complementou Gallo. O papel paranaense também foi destacado por Sérgio Couri. “O Paraná tem condições até mesmo de trocar tecnologia de ponta com outras regiões, e é uma alavanca para a integração do Brasil com o Mercosul”, destacou.