A etapa de entrevistas com os candidatos que tiveram seus currículos selecionados pelos Núcleos de Educação do estado americano de Utah, dentro do Programa de Cooperação firmado no final do ano passado com a Secretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Ensino Superior, foi realizada nesta quinta-feira (16) na Seti.

Dos cinquenta candidatos inscritos, de universidades públicas e privadas do estado, quinze participam desta etapa e o resultado final deve ser divulgado no início de maio. Pelo menos a metade dos currículos selecionados são de candidatos que se inscreveram pelas universidades estaduais. O programa prevê o intercâmbio de professores do Paraná que deverão dar aulas de imersão de Português no estado de Utah. A Seti e as Assessorias de Relações Internacionais das universidades foram responsáveis pela divulgação do programa e pelo recolhimento da documentação dos inscritos. Todo o processo de seleção foi realizado pela Coordenação do Programa de Imersão de Português do estado americano. As entrevistas foram realizadas por videoconferência.

Segundo a professora Silvia Regina Juhas, da equipe de seleção de Utah, atualmente o projeto já atende cerca de mil crianças com idades entre seis e nove anos de idade, com professores brasileiros que moram em Utah. Além da língua portuguesa, o modelo de imersão na segunda língua já conta com o ensino do espanhol, francês, mandarin e alemão. “Existe todo um histórico do estado de Utah em incentivar o aprendizado de outros idiomas, oferecendo um mundo de oportunidade aos alunos. E o Brasil é a sexta economia do mundo, tem a sétima língua mais falada”, destacou a professora.
A candidata Priscila Isabel Rebicki Prestes, que é professora da rede estadual de ensino, conta que teve todo o apoio da família e que pretende leva-los junto para os EUA, caso seja aprovada. “Esta é uma experiência única e eu quero muito ser aprovada. É uma grande oportunidade de aprimoramento profissional e eu tenho muito interesse no sistema educacional americano”, disse.

Expectativa semelhante a da pedagoga da rede estadual de ensino, Anabel do Nascimento Adão. “Quero conhecer o sistema de ensino americano e aperfeiçoar meu inglês com esta experiência com o ensino bilíngue, que já tive contato quando trabalhei no setor de Educação Indígena”, destacou.

A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Seti, Sueli Rufini, ressaltou a importância dos programas de mobilidade internacional. “É uma oportunidade de crescimento profissional para os professores do Paraná que terão uma experiência importante de lecionar no exterior. Os professores aprovados permanecerão nos EUA pelo período de dois anos.”

Os aprovados devem começar a trabalhar nas escolas americanas no início de agosto deste ano.