Tecpar faz parceria para produzir medicamento biológico 19/06/2013 - 15:38

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai produzir até 2016 o medicamento biológico bevacizumabe para o combate ao câncer e a degeneração macular (perda de visão) relativa à idade. O laboratório do Tecpar, que será instalado no parque tecnológico de Maringá, produzirá o remédio para ser entregue ao Ministério da Saúde, representando significativa queda nos gastos com a importação do produto.

A parceria com a empresa russa Biocad Brazil foi formalizada em Brasília. Com a aprovação da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), uma missão do Tecpar irá à Rússia, para estabelecer o cronograma de transferência de tecnologia, que deve começar com a capacitação de pessoal até atingir a produção no laboratório do Tecpar, que será instalado no parque tecnológico de Maringá.

Das 14 PDPs autorizadas pelo Ministério da Saúde, o Tecpar será o primeiro a entregar o produto. “O Ministério da Saúde gasta R$ 177 milhões anuais com a importação do produto. Com nossa entrada no mercado, esse número vai baixar para R$ 110 milhões, e a expectativa é o Tecpar ficar com pelo menos 50% do mercado”, afirmou o presidente do instituto, Júlio C. Felix. “A produção nacional vai baixar muito custos do Sistema Único de Saúde. É um processo extremamente importante também para nós, pois o Tecpar entra em nova área, a de medicamentos”.

PARCERIAS – O trabalho integrado entre o Tecpar e a Biocad integra um rol de novos empreendimentos anunciados pelo Ministério da Saúde. Novas 27 parcerias entre laboratórios públicos e privados, articuladas pelo Ministério da Saúde, vão resultar na produção nacional de 14 medicamentos biológicos. São produtos de última geração e de alto custo para o tratamento de câncer de mama, leucemia, artrite reumatoide, diabetes, oftalmológicos, além de um cicatrizante, um hormônio de crescimento e uma vacina alergênica. Os novos produtos representam gasto de R$ 1,8 bilhão por ano nas compras públicas do Ministério da Saúde. A produção nacional deve gerar economia de R$ 225 milhões por ano.

As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (18) em Brasília, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante encontro do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), que reúne indústria farmacêutica nacional além de seis ministérios, a Anvisa, Fundação Oswaldo Cruz e do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).

BIOLÓGICOS – Os produtos biológicos são mais eficazes em relação aos medicamentos tradicionais de síntese química, aumentando as possibilidades de sucesso no tratamento, principalmente para doenças crônicas. Eles são feitos a partir de material vivo e manufaturados a partir de processos que envolvem medicina personalizada e biologia molecular.

O Brasil produz, via transferência de tecnologia, 14 biológicos para doenças como hemofilia, esclerose múltipla, artrite reumatoide e diabetes. Até 2017, estes produtos terão fabricação 100% nacional.

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