UEPG vai transferir tecnologia de tratamento
do lixo para unidades prisionais
06/05/2013 - 15:21

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) se uniram para desenvolver parcerias na área de inovação, para repassar conhecimento e tecnologia para empresas da cidade e região. A primeira realização será a transferência de uma patente desenvolvida na universidade para a Secretaria da Justiça, com a qual presidiários vão trabalhar na transformação de resíduos orgânicos domésticos em adubo.

A secretaria vai instalar biodigestores para a reciclagem do lixo na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG) e no Presídio Hildebrando de Souza. De acordo com o diretor da Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi) da UEPG, João Irineu de Rezende Miranda, trata-se de projeto de alcance social e ambiental.

Inicialmente, será feito o tratamento de resíduos orgânicos gerados nos próprios locais e nos refeitórios de empresas do parque industrial de Ponta Grossa. A terra vegetal resultante do processo de compostagem poderá ser utilizada na adubação das hortas e jardinagem do presídio, da penitenciária e também das empresas parceiras, que deverão dar apoio logístico ao projeto, como o transporte e acondicionamento dos resíduos e do composto gerado. O excedente poderá ser comercializado.

A patente que será transferida resulta de estudos desenvolvidos no programa de mestrado em Química Aplicada da UEPG, tendo como autores Roland Roney Resseti, Antônio Barbosa Pereira e Célio Luís Franco de Almeida, sob a orientação do professor Sandro Xavier de Campos.

“A transação será feita sem qualquer ônus para a Secretaria da Justiça, visando à reinserção dos detentos no mercado de trabalho, além de contribuir para o problema da destinação correta de resíduos orgânicos”, explica o diretor da Agipi. Outras empresas e entidades também deverão se integrar a essa ação.
Na reunião que decidiu pela transferência da tecnologia teve a presença do presidente da ACIPG, Sérgio Leopoldo; do diretor da PEPG, Luiz Francisco Silveira; do diretor do presídio, Bruno Popst; e o professor/pesquisador Sandro Xavier de Campos.