Unicentro discute políticas públicas no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio 22/07/2021 - 10:42

A Unicentro e diversos órgãos de representação política de Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, estarão unidos na defesa da vida das mulheres nesta quinta-feira (22). “Nenhuma a menos” é o slogan escolhido para uma live promovida em parceria pela universidade, Procuradoria da Mulher de Guarapuava, Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Conselho dos Direitos das Mulheres e Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.

A procuradora da Mulher em Guarapuava, Bruna Spitzner, contextualiza qual o objetivo da conversa online, que terá transmissão pelo canal Unicentro TV, no YouTube. “Todos os anos, a gente faz uma ação no dia 22 de julho, que ficou instituído como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Diante das travas da pandemia, resolvemos fazer essa live para apresentar para a população de Guarapuava todas as ferramentas, órgãos e instituições que elas podem procurar em uma situação de violência ou assédio”, disse.

A presidente do Conselho dos Direitos das Mulheres de Guarapuava e professora da Unicentro, Ariane Pereira, complementa que o evento pretende informar, amparar e acolher as mulheres guarapuavanas, além de mobilizar toda a comunidade no combate ao feminicídio.

“É para que a gente possa discutir de que maneira cada um desses órgãos atendem mulheres vítimas de violência, qual o papel de cada um socialmente – quem deve fiscalizar, quem deve acolher, quem deve propor políticas públicas, quem deve receber sugestões da comunidade. E mais do que isso, munir cidadãos de toda a região de quais são os indícios de que uma mulher tem sido vítima de qualquer tipo de violência, para que todos nós possamos olhar para as mulheres, para os homens, para os casais, e ajudar a evitar o crime, evitar a morte”, acrescentou.

O feminicídio é um crime de ódio a uma mulher, a um grupo de mulheres ou à totalidade das mulheres. A professora acredita que a via para a erradicação dessa violência é, antes de tudo, a informação. “A gente só vai deixar de ter casos de feminicídio a partir do momento em que entendermos o que é o feminicídio e porque ele acontece. A partir daí, vamos desnaturalizar essa prática, entender que não são crimes passionais”, destacou.

Segundo a organização, durante a live, serão discutidos outros tipos de violência que costumam vir antes do feminicídio, tais como a física, psicológica e moral. Essa união de forças entre as instituições em prol do direito à vida, sobretudo a uma vida sem violência, é, na opinião da procuradora Bruna Spitzner, uma forma de engajar cada vez mais pessoas no combate ao feminicídio.

“Política se faz em comunidade. É justamente por isso que essa comunicação entre representantes das diferentes esferas da nossa sociedade precisa existir. A gente sabe que a violência contra a mulher atinge a sociedade em geral. Então, precisamos participar e atingir todas essas esferas sociais para que a gente consiga quebrar essa violência, para que a gente consiga ter uma sociedade de mais respeito pela vida de todas as mulheres”, arrematou.