A UEL divulgou nesta sexta-feira (18), ao meio dia, o resultado final do Vestibular 2019. Dezenas de vestibulandos compareceram ao Aterro do Lago Igapó para a festa de divulgação, promovida por veículos de comunicação da cidade. Neste ano, foram convocados 2.456 candidatos em 1ª chamada. A UEL oferta por meio do concurso Vestibular 2.521 vagas em 51 cursos de graduação, considerando turnos e habilitações. Outras 564 vagas são abertas pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU), totalizando 3.085 vagas.

Matheus Klever Juliani foi aprovado pelo sistema Universal no curso de Medicina e faz parte dos 1.090 convocados por este sistema nesta edição do vestibular. Desde o 2º ano do Ensino Médio, ele faz curso pré-vestibular. Este ano, após três tentativas, conseguiu a vaga. "É uma mistura de felicidade com alívio", afirma. Ele ainda fez a prova de outras universidades estaduais do Paraná e de São Paulo, mas conta que mesmo se houver outra aprovação, ele fica em Londrina.

Pelo sistema de cotas, foram 1.366 convocados, sendo 907 aprovados com origem na escola pública, 340 declarados candidatos Negros de Escola Pública e 119 aprovados como Negro - independente do processo formativo. A estudante Nathália Rodrigues foi aprovada no curso de Matemática. Ela tentou pelo segundo ano consecutivo. "Estou muito feliz com o resultado", disse em festa, depois de um banho de tinta colorida. Ela se declarou cotista/Escola Pública, porém não soube a aprovação foi pela cota ou no sistema Universal.

Entre os cotistas negros, a estudante Maria Eduarda Fernandes passou em Design de Moda. No ano anterior, ela foi aprovada no curso de Educação Física da UEL, mas decidiu parar o curso e tentar o que ela realmente sonhava em fazer. Ela considera muito bom existir esse tipo de sistema de aprovação e acredita que funciona muito bem.

Segundo Jamili Baptista, vice-coordenadora do Programa de Permanência Estudantil (PROPE) e Departamento de Ciências Sociais, a participação dos estudantes de Escola Pública e negros no Vestibular da UEL se dá em grande parte pelo trabalho que o PROPE faz juntamente com as escolas do Núcleo Regional de Educação de Londrina. No ano passado, foram visitadas 80 delas, em que os próprios estudantes da UEL puderam explicar sobre o Vestibular, as cotas, o ingresso pelo SISU e também sobre o Curso Especial Pré-vestibular (CEPV-UEL). "O PROPE proporciona para o estudante do Ensino Médio sonhar e saber que a Universidade é possível", afirma.

Como critério de seleção para o Curso Especial Pré-vestibular (CEPV), todos os alunos são cotistas. A coordenadora do CEPV, Rita de Cássia Rodrigues, chama isso de "equidade" e afirma que o Vestibular da UEL faz uma seleção justa. Outro ponto que ela destaca é a abertura da UEL para o ENEM. "Isso dá mais possibilidades para o estudante", diz.